
O anúncio da Casa Branca nesta segunda feira dia 14/04/2009 marcam o fim de certas restrições dos EUA em relação a Cuba. Limites impostos a cubanos que vivem nos EUA como a impossibilidade de irem a ilha ou o envio de dinheiro para parentes que residem na Cuba, tem um ponto final. Foi anunciado também o fim de restrições que impediam que empresas norte-americanas operassem em Cuba, as empresas estão agora autorizadas a firmarem acordos com o governo cubano pra que se estabeleça comunicações por fibra ótica ou via satélite entre os dois países, além disso as empresas poderão também transmitir programas de televisão e rádio americanos aos cubanos.
EUA e cuba reduzem as distancias e as duas bandeiras se encontram cada vez mais próximas. Tudo indica que em um futuro próximo podemos ter a formação de laços comerciais entre os dois países.
Aproveitando este momento, iremos relembrar como se deu a ascensão da Revolução Cubana, fato muito importante para a America Latina e que levou os irmãos Castro ao poder.
A revolução cubana

a) Anistia para os presos políticos e sociais;
b) Total revogação dos decretos-leis de ordem pública e anticomunista;
c) Final do fechamento de Hoy, La Calle, e outros jornais e restabelecimento efetivo da liberdade de imprensa;
d) Restabelecimento dos direitos democráticos inclusive dos direitos de reunião de trabalhadores e funcionários, do direito de se organizarem e de fazer manifestações de protesto contra reduções de salário;
e) Extinção do imposto sindical fascista;
f) Facilidade para a participação de todos os partidos e núcleos democráticos, operários, antiimperialistas, socialistas e progressistas, nas eleições, restabelecendo os princípios da constituição de 1940;
g) Voto livre e direto.
Não tendo êxito por meios legais, negados pelo ditador Batista, acirra-se a luta armada. Em outubro de 1958 inicia a “Marcha sobre Havana”. Os revolucionários tomam a capital de Cuba em janeiro de 1959. Após a fuga para os EUA de Fulgêncio Batista, constituiu-se um governo moderado com Manoel Urritia como presidente e Miró Cardona como primeiro-ministro. As primeiras medidas são, porém, bastante radicais, como: nacionalização de empresas americanas de petróleo e transporte; reformulação da educação e saúde; é eliminado o latifúndio e se inicia a reforma agrária. Estas mudanças eram excessivas para a burguesia, mas tímidas demais para população mais carente. Fidel Castro assume então o poder para agilizar e aprofundar tais reformas.
Obviamente estas medidas desagradam profundamente a Casa Branca que, antes, promove o boicote ao açúcar cubano e, em seguida, financia grupos anti-castristas que acabam por tentar a invasão da ilha. Os anti-revolucionários são, porém, rapidamente derrotados na famosa batalha da Baía dos Porcos. As pressões americanas continuam e culminam com a expulsão de Cuba da Organização dos Estados Americanos, em 1962. Estas medidas isolacionistas obrigam o governo revolucionário que, mesmo tendo referências marxistas-leninistas, era acima de tudo nacionalista, a se aproximar da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Proporcionando ao mundo o mais grave episódio da Guerra Fria: a grave crise dos mísseis instalados na ilha pela URSS que ameaçavam os EUA, considerando que o estado americano da Florida dista, apenas, 100 milhas de Cuba. A solução pacífica da crise não amenizou o embargo americano que dura até hoje tal como o governo de Castro e o regime comunista.
postado por: Rafael Vicente da Rocha Chirone e Sheldon Thiago Pontes Gomes